Fleetwood Mac In The 1970s
T**A
Excelente apanhado sobre a década de ouro da banda
Existem muitas biografias sobre o Fleetwood Mac, quase todas se concentrando em dois períodos específicos: o seu início no final dos anos 60 como uma banda de blues, liderada pelo seu fundador, guitarrista, cantor e compositor virtuose Peter Green. E a partir da segunda metade da década de 70 quando atingiram o sucesso mundial a partir da entrada da vocalista Stevie Nicks e do guitarrista Lindsey Buckingham. Poucas pessoas parecem saber que entre essas duas fases a banda lançou 5 álbuns depois que Green deixou o grupo e antes que Nicks e Buckingham entrassem no FM.Embora todas as biografias citem esta "fase intermediária", que vai de 1970 a 1975, muito pouca atenção é dada a ela. O que é uma grande injustiça, já que a banda teve guitarristas e compositores muito talentosos e que os discos lançados nesse período foram excelentes. Danny Kirwan e Bob Welch especialmente deixaram sua marca em composições belíssimas como Sentimental lady ou Woman of 1000 Years, só para citar duas. Outro ponto importante é observar o desenvolvimento como compositora da tecladista e vocalista Christine McVie.O excelente biógrafo Andrew Gold corrige essa falha nesse livro da série Decades: cada álbum do período pós Peter Green é avaliado corretamente e bastante espaço é dado para destacar seus muito pontos fortes e algumas poucas falhas. Infelizmente o autor não chegar a fazer uma avaliação faixa por faixa como na série On Track, mas mesmo assim ele não deixa de destacar as mais importantes e relevantes de cada LP. Algumas que inclusive permaneceram no repertório da banda mesmo anos depois da banda ter atingido o mega estrelato com Nicks e Buckingham. Suas observações sobre a atribulada entrada e saída de membros do grupo, além de suas performances ao vivo, são feitas de forma objetiva e direta, fazendo do livro uma leitura agradável e fácil.Naturalmente o autor narra a entrada dos novos membros a partir de 1975 e igualmente fala a respeito dos discos gravados no auge do sucesso, como os multiplatinados Fleetwood Mac (1975) e Rumours (1977). Mas, sabedor de que essa fase já foi por demais explorada em todos os outros livros da banda, ele tenta se focar mais nos aspectos menos abordados dos mesmos. Andrew Wild consegue assim extrair novas abordagens e insights mesmo em discos tão dissecados nas últimas décadas. Melhor ainda, ele faz uma ótima e profunda avaliação do incompreendido, na época, Tusk. Esse álbum duplo lançado no final da década é outra peça igualmente negligenciada pela maioria dos autores das demais biografias do Mac. Wild preenche assim outra grande lacuna que sempre senti quando lia sobre a história do grupo.Fleetwood Mac in the 1970s certamente não é um livro que eu recomendaria para quem está começando a conhecer esta grande banda. Mas se vc, como eu, já conhece o básico do FM, então esta biografia é um complemento perfeito para se entender (e conhecer) a enorme riqueza musical de uma das maiores bandas de todos os tempos. Fico imensamente feliz de ter adquirido este livro e mal posso aguardar para comprar o volume seguinte da série, que focaliza o grupo nos anos 80.
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